02 julho 2015

Beleza Negra e um novo movimento político pela valorização de nossas raízes.

Não é novidade que a beleza da mulher negra e todos os elementos que a representam sempre foram vistos como algo exótico e diferente como se fôssemos anormais, em um país onde nossas ancestrais deram a vida para construí-lo. Um país onde somos maioria, mas somos educadas para nos assemelharmos as minorias (branca).


Foto Retirada do Google Imagem

Ao longo dos anos negamos nosso nariz, nosso corpo com curvas, nossos cabelos.
Mulheres negras se arriscam em uma mesa cirúrgica para afilar seus narizes, emagrecerem e passam horas em um salão para saírem de lá com cabelos “lisos”. Assim, vamos negando nossa beleza original e vamos nos adequando ao ideal de beleza e normalidade branca.
Mas o que vem mudando?
As redes sociais, as mídias alternativas vêm nos dando um poder de fala e de troca de conhecimento e mais ainda, um espaço de organização política para discutirmos nossos males e pensarmos formas de reagir a toda essa negação que nos é imposta.
Assim, nascem diversos movimentos e grupos que passam a valorizar a beleza negra mas acima de tudo, colocam como mais importante à discussão étnica de autoafirmação e de enfrentamento do racismo e da negação de quem realmente somos.
É um movimento político forte, onde as mulheres pretas e gordas acham espaço, onde a família preta, mostrando sua beleza, acha espaço e onde o cabelo crespo natural também acha espaço.
Páginas como Coletivo Meninas Black Power, Preta&Gorda, As Cacheadas Piram e Amor Afrocentrado vêm como um novo movimento político que começam a questionar o porque de estarmos a todo momento fugindo do que somos, negando os nossos iguais e refletindo sobre a verdadeira beleza negra.
Valorizar suas raízes, assumir seu corpo, suas características físicas e seus cabelos naturais têm sido um ponto de força para fortalecer a identidade étnica de muitas mulheres pretas, tirar o véu que encobre o racismo, expor nossos conflitos e construir um novo caminho na descoberta do verdadeiro eu, enquanto mulher negra. 
Nossa beleza natural assumida, traz um texto de quem somos, de onde viemos e o que devemos valorizar.
Assim, as crianças que chegam serão beneficiadas por esses movimentos e terão um caminho diferente de quem hoje está na luta. 
Educar, para politizar os nossos espaços de convívio com o próximo. 
É o que fazemos é o que queremos. 

Afro Beijos e Até o Próximo Post! 
UBUNTU


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