Não é novidade que a beleza da mulher negra e todos os elementos que a representam sempre foram vistos como algo exótico e diferente como se fôssemos anormais, em um país onde nossas ancestrais deram a vida para construí-lo. Um país onde somos maioria, mas somos educadas para nos assemelharmos as minorias (branca).
Foto Retirada do Google Imagem |
Ao longo dos anos negamos nosso nariz, nosso corpo com curvas, nossos cabelos.
Mulheres negras se arriscam em uma mesa cirúrgica para afilar seus narizes, emagrecerem e passam horas em um salão para saírem de lá com cabelos “lisos”. Assim, vamos negando nossa beleza original e vamos nos adequando ao ideal de beleza e normalidade branca.
Mas o que vem mudando?
As redes sociais, as mídias alternativas vêm nos dando um poder de fala e de troca de conhecimento e mais ainda, um espaço de organização política para discutirmos nossos males e pensarmos formas de reagir a toda essa negação que nos é imposta.
Assim, nascem diversos movimentos e grupos que passam a valorizar a beleza negra mas acima de tudo, colocam como mais importante à discussão étnica de autoafirmação e de enfrentamento do racismo e da negação de quem realmente somos.
É um movimento político forte, onde as mulheres pretas e gordas acham espaço, onde a família preta, mostrando sua beleza, acha espaço e onde o cabelo crespo natural também acha espaço.
Páginas como Coletivo Meninas Black Power, Preta&Gorda, As Cacheadas Piram e Amor Afrocentrado vêm como um novo movimento político que começam a questionar o porque de estarmos a todo momento fugindo do que somos, negando os nossos iguais e refletindo sobre a verdadeira beleza negra.
Valorizar suas raízes, assumir seu corpo, suas características físicas e seus cabelos naturais têm sido um ponto de força para fortalecer a identidade étnica de muitas mulheres pretas, tirar o véu que encobre o racismo, expor nossos conflitos e construir um novo caminho na descoberta do verdadeiro eu, enquanto mulher negra.
Nossa beleza natural assumida, traz um texto de quem somos, de onde viemos e o que devemos valorizar.
Assim, as crianças que chegam serão beneficiadas por esses movimentos e terão um caminho diferente de quem hoje está na luta.
Educar, para politizar os nossos espaços de convívio com o próximo.
É o que fazemos é o que queremos.
Afro Beijos e Até o Próximo Post!
UBUNTU
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