19 março 2015

Gata Crespa Cacheada Entrevista AfroJhow




Olá leitoras e leitores.
Hoje eu trago uma entrevista com o músico/compositor AfroJhow.
Isso mesmo, nosso blog é dedicado em especial às mulheres mas, homens que falem sobre a mulher em seu trabalho também sempre serão bem vindos.
Penso que devemos nos unir em irmandade, principalmente homens e mulheres negras, que são historicamente afastados afetivamente, uns dos outros.
Então, todo homem que trabalhe com arte, contemplando com respeito e carinho a mulher, terá um espaço especial nesse nosso cantinho.
O nosso entrevistado de hoje é o Afro Jhow, filho de nossa rainha Negra Jhô.
Eu conheci o trabalho de Afro Jhow em um evento chamado Baile Turban Black, que aconteceu aqui em Salvador, no bairro do Rio Vermelho.
Ao conhecer o som do músico, eu me identifiquei imediatamente, me senti retornando a África, em tempos pré-coloniais com uma energia incrível. Um som que mistura ritmos africanos dançantes, com o rap surgindo o AfroBeat.
Bom, gente, penso ser impossível explicar sentimentos tão profundos. Eu só sei que, desde que eu conheci o som de Afro Jhow, eu não paro de ouvir, por que é um ritmo dançante gostoso com uma letra que se conecta com o público, com sua realidade e principalmente com o desejo do público feminino negro, cansado de tanto ser tratado de forma vulgar, pejorativa, estereotipada e desrespeitosa. Isso é o que mais me encanta na música, as letras serem inteligentes, me fazerem refletir e me fazerem sentir uma mulher valorizada em toda a minha totalidade. Acho que vocês, mulheres que me seguem também têm esse sentimento não??
Então, vamos deixar de papo, por que senão eu não paro de escrever... rsrs
Eu entrei em contato com o Afro Jhow e ele aceitou de imediato fazer a entrevista.
No dia 14 de setembro de 2014, ele me recebeu em sua loja - que fica localizada no Pelourinho (Centro Histórico de Salvador). Por problemas técnicos com o celular, só pude transcrever a entrevista agora.
Chegou muito educado, receptivo e carinhoso, abriu a loja para nos acomodarmos e conversarmos confortavelmente. Colocou uma música, maravilhosa de fundo, baixinha e iniciamos a nossa entrevista, que foi gravada em meu celular e eu transcrevo abaixo para vocês. 

Aline Silva – Inicialmente, gostaria de dizer que estou aqui representando o blog gata crespa cacheada, que é escrito e organizado por mim e por Tamila dos Santos.
É uma satisfação para nós, realizarmos a primeira entrevista do blog, da plataforma de indicação de músicas, que retratem e falem da nossa história, da superação do homem e da mulher preta e toda a nossa cultura. Estou aqui hoje diante do filho de nossa rainha, Negra Jhô, e para quem não conhece, eu gostaria que você falasse um pouco sobre você, sobre quem é AfroJhow?

AfroJhow –  Primeiramente parabenizar a iniciativa, a gata crespa cacheada, isso é fenomenal. Só com a ideia que você deu para mim, já dá para entender mais ou menos o conceito, que cabe dentro do que eu acredito. Então, eu queria parabenizar vocês e lisonjeado por ser o primeiro a fazer parte dessa entrevista.
Então, AfroJhow, olhando de fora quem é AfroJhow, eu acredito que é mais uma ferramenta forte aonde ela foi lapidada com o intuito mesmo de dar continuidade a tudo aquilo que ele aprendeu, tudo aquilo que ele viveu de fato, tudo aquilo que ele pôde ter contato de bom, de ruim. Tudo no geral, em termo de sobrevivência como homem negro, como filho de uma mãe solteira. Então, hoje esse cara, não por falta de atitude ou por falta de outras coisas semelhantes, mas sim por respeitar e acreditar em tudo que aprendeu, em tudo que foi creditado na minha infância e é creditado até hoje e em forma de retribuir isso para todos os meus amigos, para toda a minha família, principalmente a minha mãe, é ser essa pessoa fiel com minha ética, fiel com o poder de saber que a gente pode mudar, através da nossa arte, através daquilo que a gente acredita e respeitar todos da forma que eles querem ser respeitados.
Mais ou menos isso, AfroJhow é um homem de bem, hoje pai de família, tem uma filha de 11 anos chamada, Kailane. Procuro dar todo aprendizado, a gente sabe que hoje a época é outra, mas se ela tiver um terço do que eu pude ter na minha infância, eu acredito que vai ser mais uma negona poderosa.    
Risos!   

Aline Silva – Obrigada. Então, a intenção é falar sobre a música, I Love My Hair, mas antes, eu gostaria de saber um pouco sobre a sua trajetória musical. Então que gostaria que vocês falasse um pouquinho sobre essa sua trajetória na música.

AfroJhow – Quando eu falo de música eu, nesse pelourinho aqui, quando muito jovem eu tocava percussão, tive oportunidade de tocar no Olodum, na banda mirim do Olodum, nos filhos de Gandhi...  Então a música ela sempre esteve muito próxima de mim, quando eu falo da musicalidade baiana, esse ritmo que é o samba reggee, que Neguinho do Samba foi um dos percussores, então entrou na minha vida muito cedo. Eu tinha uma banda que chamava coração do reggae, com 14 anos eu já viajava para tocar, isso era muito massa.
Então, o rap ele entrou na minha vida quando eu morava em Campinas de Pirajá, através de um amigo que trouxe uma fica cassete recheada de músicas de rap,  na época a gente não tinha acesso, porque a tecnologia não facilitava. Então, dentro desse arsenal musical, tinha vários e eu fui mais um que fui capturado através da voz do nosso Mano Bronw, com a música Homem na Estrada, aonde eu pude ver toda realidade que eu vivia naquele pequeno espaço, atraves de uma simples canção , então eu me identifiquei automaticamente com aquilo. Ai, resolvemos montar nosso primeiro grupo de rap, lá em Marechal Rondon, que foi o Comando X, era apenas Jhow, na época, Mano Braz e Mina Drica. Naturalmente, essa ideia do pan-africanismo, da música Baiana, já sai dos meus poros, já sai da minha caneta. Quando eu vou escrever, não tem como ser diferente, entendeu? Então, naturalmente, ela já está na minha escrita desde as minhas primeiras composições. Algumas composições de samba reggae que eu já fazia, no início eu nem sabia que eu estava fazendo música, eu já escrevia alguma coisa e isso foi transformado em música, fez parte da minha trajetória.Depois de um ano e meio eu sai do grupo, o pessoal foi para São Paulo, eu continuei em salvador. Depois montei o grupo Realidade a Vista com Aline, que é uma mina, que é referência para mim, foi a primeira mulher a ganhar um campeonato de freestyle aqui em salvador. Então, eu sou fã dessa garota, me amarro em Aline e tive o prazer de compor o grupo juntamente com ela e o Diego que, na época era o marido de Aline. E ai, a gente termina o Realidade a Vista e eu continuei fazendo minhas composições até conhecer dois caras que fizeram o diferencial, para mim, dentro do rap da Bahia que foram o Negro Lu e o mano bronca. Eu conheci os caras em 2004 mais ou menos e eu e o Negro Lu começamos uma amizade nos estranhando. Eu gosto de andar muito paloso, com minhas roupas e na época eu não tinha filha, então todo dinheiro que ganhava era para sustentar o que eu gostava de consumir e ele também gostava de andar tudo arrumado como eu. Ai, eu olhei para ele, ele e ele para mim, rsrs eu pensei: "rapaz, eu e esse cara não vai certo no mesmo espaço ... Então só sei que daquilo ali, surgiu uma amizade inacreditável onde a gente teve uma oportunidade de sentar e definir que a gente iria montar um grupo de rap, eu fiz uma rima, ele fez outra, vamos juntar aqui e montar um grupo de rap. Pensamos em um nome que acabou resultando no Etnia. O etnia foi um dos grupos de rap que aqui em salvador fez a diferença em termos de grupo e a gente montou uma música chamada Epidemia Clã e fomos em todos os lugares, em todas as quebradas tocando essa música. Então, é muito louco, a gente ia fazer hum show e iam 30, 40 pessoas junto.Infelizmente, em primeiro de março de 2007, o Negro Lu foi assassinado vítima dessa violência urbana que está tomando conta da nossa cidade e eu falei para mim e já tinha em mente que, depois desse grupo eu não teria mais grupo, será AfroJhow sozinho mesmo, continua o respeito pelos amigos, continua a contribuição para o rap, mas eu vou fazer o meu trabalho sem dividir a minha energia com alguém, porque, quando se trata de grupo, existe o consenso, nem sempre as pessoas concordam com o que você pensa. Então, eu tive essa perda muito forte, tenho trabalho inédito gravado com ele, que ainda não tive a coragem de escutar, mas pretendo daqui uns dois anos lançar, ele foi um dos maiores rappers que eu já vi em salvador. Bronca, alvo vítima dessa violência, morreu ano passado.Então, eu olho parágrafo trás, vejo essas referências e vejo como a música no Brasil não é respeitada da forma como deveria ser e o rap é uma arma fulminante para a recuperação dos jovens. Ela entra, como o Mano Bronw fala: "eu entrei pelo seu rádio, você nem viu" Isso é muito forte para quem sentiu e eu fui vítima disso, o rap entrou pelo meu rádio e eu nem percebi, daqui a pouco eu já estava fazendo aquilo ali e isso é muito real. Então, são coisas simples, são palavras populares que as pessoas entendem, se identificam e isso precisa ser utilizado de forma benevolente para que a gente possa ter uma juventude mais dinâmica, mais eficaz, mais politizada entendeu? E não essa infância que infelizmente a gente vem vendo, que estão se matando a cada dia, entendeu? Isso é muito triste. Eu olho a música, ela faz parte da minha formação como homem, como pai, aprendi como respeitar as pessoas, a minha mãe, as mulheres. Então a música tem que ser real, se você canta, escreve o que não é você, ela será uma música descartável, canta aqui e amanhã já acabou. Eu escuto minhas músicas feitas há 10 anos e até hoje elas prevalecem forte sua mensagem. Como ontem, recebi uma ligação de um amigo faland sobre um clipe meu que viu e me perguntando se a música era nova, e eu havia escrito e lançado a música em 2010. Então é uma coisa que é da música Transcendência, a mensagem é real, ultrapassa as barreiras do tempo. Hoje, eu venho fazendo um trabalho muito mais ousado, misturo ritmos mesmo. Na realidade, eu sempre senti essa necessidade, quando eu te falei dos grupos, que nem todo mundo aceita o que a gente quer inserir, então, mas eu respeitava e hoje tenho a liberdade para estudar uma música afro, latina, misturar samba, reggae um zunca, um semba. A música é África, é essência, é a pulsação, é o batimento que você sente qntão, a minha família, antes, nem prestava atenção no que eu estava fazendo, hoje todo mundo ama o que eu estou fazendo. Eu estou dizendo as mesmas coisas que eu dizia no rap, eu só atraí elas através do ritmo, antão coloquei uma zunca e todo mundo, gosta de dançar e ai vai, acompanha e tal... e que massa e a ideia vai entrando da mesma forma que entrava com o rap.

Aline Silva: Perfeito, é isso mesmo. e o baile black a gente sente a energia, um ritmo dançante e as músicas com letras que meche muito com a gente porque fala de quem nós somos, fala de nossa identidade enquanto negras. então, eu queria saber agora sobre a música I Love My Hair. Como é que surgiu essa composição? Você se inspirou em alguém, em alguma situação que você viveu?

AfroJhow: Essa música, é nada mais, nada menis do que a minha vida inteira eu pude ver, bem próximo que foi minha mãe trabalhando com estética. Quando a gente morava nem Feria de Santana a minha mãe trabalhava de dia no teatro e a noite ela fazia trança, ela reunia todas as crianças do bairro para trançar cabelo, ela trançava o cabelo de famílias inteiras e chegou uma época em que ela falou para mim: - Eu estou indo para Salvador; você conclui os estudos, que eu vou aventurar nossa vida e venho te buscar no fim do ano. Então, minha saiu do interior com um banco de madeira na mão e se instalou no pelourinho em frente a casa de Jorge Amado. Ela nasceu no quilombo na Muribeca, eu em Feira de Santana e a gente veio para cá. Então, ela acreditando naquilo, na década de 80, ninguém era tão ousada para usar esse cabelo. NegraJhow, eu nunca vi minha mãe usando um cabelo que não fosse esse, de trança, mega enorme. Então, essa ousadia sempre chamou minha atenção e eu procurava entender porque minha mãe é diferente de todas, que massa, que legal. Na escola, chegavam todas as mães sempre padronizadas, normais e chegava a minha mãe, cheia de amarrações, com um blackão rsrsrsrs!!!!
Eu me sentia, porque minha mãe era diferente de todas, sempre gostei. Ela conseguiu sustentar sua família através daquilo que ela acreditava que é a arte, a trança. Então ela vai, consegue um salão, cria novas empreendedoras, da oportunidade para novas mulheres aprenderem, ela ensina. A mãe de minha filha, hoje é uma cabeleireira profissional, ela aprendeu com a minha mãe, duas pessoas que eu considero minhas irmãs como Zerusa e Ana também aprenderam com ela e hoje são empresárias. Então, na realidade, isso deu frutos, deu resultado.
Então, certo dia eu estava no salão da minha mãe, estava tendo várias entrevistas lá e ela sempre me pedia para cantar uma música para a galera e um dia desses eu falei para ela que tinha que ser uma música que falasse sobre o salão dela e ai surgiu a ideia de fazer uma música falando de cabelo. Assim, eu parei e comecei a escrever, escrever... é como eu te falei, a naturalidade das coisas, foi muito fácil escrever. Ai eu começo a pensar em pessoas, penso em Jorge washington, aquele negão que sempre usou turbante e dreadão e em outros que assumiram seus cabelos, seus dreads e também se sutentaram dentro da música, você sabe que não é fácil.
Então, cito essas pessoas, Nelson Triunfo, um dos revolucionários do rap no Brasil, quando larga aquele black, todo mundo fica admirado... então, essas pessoas, eu vou juntando a essência de tudo isso com a experiência que eu tenho de dentro do salão da minha mãe e ponho isso para fora. Simplesmente eu falo:


"Já é normal, eu me sinto bem vou mais além, 
100% original também 
Sou crespo sim, sou natural
Olha pra mim que eu sou real, eu sou real..."

Também em homenagem a crespo sim, que é uma grif de um amigo meu. Então, junto tudo isso, Sarau Bem Black você vê que eu cito várias coisas que ligam essa ideia do cabelo. Ai eu compartilhei com Dona Liu, a negona deu o brilho com o refrão e ficou maravilhoso e as pessoas se identificam. Eu penso ainda em fazer o vídeo clip, com toda essa galera que eu cito na música. Quero trazer Nelson Triunfo, Carlinhos e fazer o que a gente precisa mostrar para nosso povo, que a gente precisa dividir para conquistar, junto a gente é mais forte, entendeu? 
Eu tive uma experiência mês passado com minha filha. Minha filha com um black enorme, derepente aparece com o cabelo chapado e eu me assustei, a mãe dela me ligou também desesperada, falando que a mãe dela tinha feito. Na realidade, eu sei que foi Kailane quem pediu para a avó dela fazer, a vó não poderia fazer isso, ela só tem 11 anos, mas ela pediu por que é a influência, as meninas da escola tudo com o cabelo para o ladinho e tal, por mais referência que covê dá a briga é enorme. Ela tem um pai que se assume, uma mãe que se assume, uma avó que se assume, então ela está ali na escola é uma injeção. A música que as vezes ela está tendo contato ali, vai de encontro a tudo que ela está tendo dentro de casa, ela passa a maior parte do tempo fora de casa, na escola com as amigas, quando volta para casa toma aquele choque, a injeção, mas o efeito da injeção também passa entendeu? e você tem que estar a toda hora ali, toda hora ali e ai a gente faz e ela sabe, ela fala: - Meu pai, eu sou negra. Outro dia brigou na escola porque um colega disse que ela não sabia dança afro e ela bateu no menino, eu briguei com ela porque ela não pode agredir as pessoas, mas no fundo eu descobri que ela se irritou porque o menino disse que ela não era negra e não sabia dança afro. Quando tem um desfile na escola ela só quer ir vestida de afro, então ela se assume e ela sabe que ela é lindo do jeito que ela é, mas são partículas que vão caindo na vida da pessoa que acaba afetando. Quando eu for gravar meu clip, eu iria colocar ela de black mesmo e tal... e assim ela vai sair também, mas vai ser bem superficial, ela reclama mas eu digo para ela, não bê, com esse cabelo... ela vai sofrer eu sei, mas ela vai tomar uma infeção quando ver e vai pensar em nunca mais fazer isso. Então, a gente precisa fazer essas coisas para que ela entenda de fato que ela é linda do jeito que ela é, sempre estar conversando, mesmo sabendo que é uma fase que irá passar, precisamos estar atentos. 

Aline Silva: Você tem noção, consciência, do poder dessa música, de atingir as mulheres negras, de representar suas imrãs negras, pretas?

AfroJhow: Com certeza. As vezes eu me pego ouvindo as minhas músicas e pensando em como eu consegui dizer aquilo, porque é tão profundo as coisas que eu tento falar, que é algo realmente de dentro para fora, algo que aconteceu comigo então, tem que ser natural. 
Eu vejo essa música em termos de repercusão, assim como eu citei o trabalho de Negra, como algo verdadeiro, ancestral, de identidade racial, como a Negra assumiu sua raíz desde sempre. Eu tenho certeza que ela pode repercutir positivamente, sendo usada nas escolas, em salas de aula, em blogs com essa temática, eu já fiz vários trabalhos com essa música. Então, eu não penso em fazer sucesso e ganhar dinheiro com essa músíca, ela vai além disso. O mais importante é você chegar na escola e poder debater o porque I Love My Hair, porque eu amo meu cabelo? Porque dessa naturalidade? Porque falar do sorriso? Entendeu? Falar da essência, de você poder tocar, falar da mulher que precisa ser valorizada. 
Então, eu acredito que a música tem esse objetivo mesmo, de chegar a esses ouvidinhos, minha filha, os meninos daqui da comunidade, se a criança cantou tá abençoado. Essa música é eterna e vai se propagar, pode ter certeza de que AfroJhow não vai mais estar aqui, mas a música vai estar tocando. 

Aline Silva: Eu queria finalizar agradecendo muito, porque eu estou aqui em nome do gata crespa cacheada mas, tenho certeza que estou em nome também de muitos blogs com essa temática de resistência através do amor aos nossos cabelos crespos naturais. Eu queria que você deixasse uma mensagem final, para as mulheres negras, enquanto nosso irmão e parceiro nessa luta contra o racismo. 

AfroJhow: Parabenizo, mais uma vez a vocês e desejo tudo de mais positivo que essa terra possa trazer de força para que esse projeto de vocês venha tomar uma proporção necessária para chegar aos ouvidos dessas mulheres que estão esquecidas nos ghettos e nos centros das cidades. O mais importante que deve ser citado nesse momento é que a gente se valorize enquanto ser humano e que a mulher negra procure preservar as suas raízes originais. Se você não perde a sua raí, você produz fruto, se você mantém sua raíz intacta você vai crescer. Então, eu acredito que tudo isso é muito importante para que, a minha filha, a sua filha, o seu filhos, os nossos netos vão desfrutar dessa luta que você está tendo hoje, entendeu? Eu, dentro da música posso ser uma referência muito forte, e eu quero ser uma referência para os meus, não um espelho mas sim uma referência. Quero que as pessoas captem a ideia, assimilem e se não assimilarem a gente senta e conversa de que forma a gente pode melhorar. A minha música ela vai exatamente n intenção de fazer você refletir e repensar algumas coisas. 
Eu estou sempre falando das mulheres negras, porque é a referência que eu tenho, é ntural. Quando eu tô escrevendo, minha caneta já coloca lá: Negra, Minha Deusa... então já é o natural entendeu? 
Então, para finalizar vou cantar um trecho da música....

Fiquem com o vídeo de AfroJhow cantando um pedacinho de I Love My Hair e se despedindo da gente! 






AfroJhow Blog - http://afrojhow.blogspot.com.br/

Espero que tenham gostado. AfroBeijos e até o próximo post!



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